XVII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

Estudantes universitários sob estresse apresentam distúrbios alimentares e elevado risco cardiovascular

Resumo

INTRODUÇÃO

A alta prevalência de doenças cardiovasculares na população adulta mundial refere-se à necessidade de prevenção. Estudos prévios têm revelado que desde a infância, fatores de risco cardiovascular clássicos e outros emergentes podem ser identificados em idades precoces, apoiando assim, as políticas de saúde pública na infância e adolescência.

OBJETIVOS

Avaliar a prevalência de estresse fatores outros fatores comportamentais que possam associar-se ao maior risco cardiovascular em estudantes brasileiros.

MÉTODOS

Estudo observacional,  transversal e com inclusão aleatória de indivíduos de ambos os sexos  com idades entes 7 a 13 anos. O estudo foi conduzido em escolas públicas de distintas regiões da cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil, com a inclusão de 3471 estudantes. Foram avaliadas as seguintes variáveis para o objetivo do estudo:  a) marcadores biológicos para risco cardiovascular (peso, altura, circunferência da cintura, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, frequência cardíaca, colesterol HDL, colesterol LDL, colesterol total, triglicérides, uso de medicamentos); b) variáveis comportamentais relacionadas à saúde (ingestão de frutas, legumes, carnes, peixes, laticínios, doces, bebidas açucaradas, fast food, lanches, almoço em casa ou na escola, horas diárias de estudo, atividade física na escola e fora da escola; c) variáveis emocionais (estresse percebido na escola e em casa); d) dados sociodemográficos (sexo, idade, etnia).

RESULTADOS

Um total de 17,5% de obesidade e 16,2% de excesso de peso foi verificado na população estudada. Crianças e adolescentes, sob estresse, apresentam níveis mais elevados de colesterol, seguidos por aumento do uso de medicamentos ou suplementos, em uma maior proporção aos meninos, quando comparados aas meninas. Comer o almoço fornecido pela escola e ser do sexo feminino demonstrou-se como estar associado à proteção aos fatores de risco cardiovascular.

CONCLUSÕES

Considerando o já conhecido impacto do estresse sobre o desenvolvimento físico e psicológico das crianças e ao risco cardiovascular, é urgente estabelecer políticas públicas voltadas para a prevenção dessas condições, as crianças de escolas públicas de regiões periféricas de grandes cidades.

Área

Pesquisa Clínica

Instituições

SOCESP - SOC CARDIOL DO EST SP - São Paulo - Brasil

Autores

HENRIQUE ANDRADE R. FONSECA, Anita C Bellodi, Alvaro Avezum, Wagner L Machado, Sonia R Enumo, Denise B Saraiva, Jose Francisco Saraiva