XVII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

Adultos brasileiros que demonstram controle da hipertensão arterial e da diabetes tipo 2 apresentam um controle ineficiente da dislipidemias nas comunidades

Resumo

Introdução

O controle dos fatores de risco cardiovascular clássicos (FRC) é fundamental para a redução do risco cardiovascular, principalmente para aqueles indivíduos em prevenção primária. Na comunidade, existem vários programas para melhorar o controle do FRC, especialmente hipertensão arterial (HAS) e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), mas em muitos casos a dislipidemia (DLP) não é controlada de forma adequada ou até mesmo é mesmo negligenciada de cuidados.

 

Métodos

Foram Incluídos pacientes de ambos os sexos, com idade entre 18 e 70 anos atendidos pelo Programa Saúde da Família (PSF) de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de cinco cidades brasileiras. Como critério de inclusão, pelo menos um dos três FRC foi adotado: HAS e / ou DM 2 e / ou DLP sob terapia farmacológica, ou sem terapia. Enfermeiros e agentes comunitários de saúde foram capacitados para identificar e realizar as visitas clínicas junto aos médicos das UBS. O estado geral de saúde, a prevalência de comorbidades e FRC, a prevalência de drogas em uso e o controle dos fatores de risco foram avaliados. Para as análises deste estudo, apenas aqueles indivíduos com a presença concomitante dos três FRC foram considerados elegíveis.

Resultados 

Um total de 2100 pacientes foram avaliados, com idade média de 56,9 (± 11,5) anos de idade. A maior prevalência eram de mulheres (70%) em um total de 102 UBS. O FRC mais prevalente foi HAS (81%), seguida por DLP (36%) e DM2 (31%). Pacientes apresentando as três FRCs foram 186 (9,6%). Pacientes com pressão arterial sistólica <130 mmHg e pressão arterial diastólica <80 mmHg, e controle glicêmico <110 mg / dL e com LDL-C <130 mg / dL, (1,6%); <100 mg / dL, (1%) e <70 mg / dL, (0%). Os fármacos hipolipemiantes mais prescritos foram sinvastatina (85,9%) e atorvastatina (10,5%), sendo a dose mais prescrita sinvastatina 20mg (91%) e atorvastatina 20mg (64%). .

Conclusão

Pacientes com HAS, DM 2 e DLP, assistidos pelo PSF, foram observados baixas taxas de uso de estatinas, em doses menores que as recomendadas pelas diretrizes, levando a um controle ineficiente do LDL-C, mesmo em indivíduos com controle adequado da hipertensão arterial e diabetes. Programas para um melhor manejo da dislipidemia nas comunidades nescessitam ser implementados.

Área

Pesquisa Clínica

Instituições

SOCESP - SOC CARDIOL DO EST SP - São Paulo - Brasil

Autores

HENRIQUE ANDRADE R. FONSECA, Francisco A Fonseca, Ibraim M Pinto, Maria C Izar, Jose F.K Saraiva, Otavio Berwanger