Dados do Trabalho
Título
Presença e autoconhecimento de fatores de risco cardiovasculares em população periférica
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) se enquadram entre as principais causas de morte no mundo ocidental. Sua frequência pode ser relativamente reduzida por meio da prevenção primária e diminuição dos fatores de risco. O objetivo do presente estudo é analisar a prevalência dos fatores de risco para DCV e seu conhecimento na população da periferia da cidade de Vassouras, RJ. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e transversal, durante 2017 e 2018 com a aplicação de um questionário anônimo com 32 perguntas de respostas rápidas em indivíduos acima de 20 anos, no qual valorizam-se respostas positivas e de desconhecimento para o fator de risco. Resultados: Com 150 participantes, a média de idade foi de 46,6 anos, sendo 96 mulheres e 54 homens. 28 são fumantes e 35 ex-fumantes. Vê-se que 65 referem pressão arterial acima do padrão e oito não souberam informar. Quanto ao colesterol total, 113 afirmaram já ter realizado exame e 2 não souberam responder. Desses, 25 apontam números acima de 200 mg/dl e 58 não souberam informar, e valor médio do colesterol total na população estudada foi de 192 mg/dl. Sobre o valor do HDL, 115 não souberam informar e 17 relataram possuir HDL<45 mg/dl. 102 negaram ter glicose maior do que 126 mg/dl; 23 não souberam informar. 24 utilizam hipoglicemiantes e/ou insulina e 4 não souberam informar. Quanto ao IAM, 129 participantes negaram eventos, 18 afirmaram e três não souberam informar, todavia, 27 afirmaram ocorrência nos pais ou irmãos e 31 nas mães ou irmãs. 65% desconheciam se o IMC se encontrava maior do que 25 e 19 referiram IMC ideal. A média do IMC foi de 27,60, sendo que 40 não souberam informar a altura. 93 negaram a prática regular de exercícios (62%). 86 afirmaram cansaço, 58 palpitação, 52 dispneia, 26 desmaio sem explicação, 75 dores nas pernas ao caminhar, 31 dores no peito em esforço e 21 em repouso. 24 casos de HAS grave gestacional e sete afirmaram pré-eclâmpsia. 37 afirmaram estar na menopausa. 18 mulheres realizaram histerectomia, 14 realizaram ooferectomia e 76 negaram e duas em terapia de reposição hormonal. 110 negaram a ida regular ao cardiologista. Ao se perguntar sobre a autopercepção do estresse, 47 relataram muito frequente, 15 pouco frequente, 45 às vezes. Conclusões: Pode-se ver, no grupo estudado, a presença maciça de variados fatores de risco para DCV, bem como seu não conhecimento.
Área
Pesquisa Clínica
Instituições
Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
CAIO TEIXEIRA DOS SANTOS, RAUL FERREIRA DE SOUZA MACHADO, THAIS LEMOS DE SOUZA MACEDO, JOÃO PAULO BRUM PAES, RENATA BAPTISTA DOS REIS ROSA, DANDHARA MARTINS REBELLO, SARA CRISTINE MARQUES DOS SANTOS, IVANA PICONE BORGES DE ARAGÃO