XVII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

Ocorrência de fatores de risco para doenças cardiovasculares em mulheres no município de Vassouras

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) se encontram como as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Os gastos destinados para o tratamento dos cardiopatas a cada dia têm aumentado, levando a execução do princípio da prevenção da saúde. Dado a mudança do estilo de vida da sociedade, as mulheres a cada dia têm se tornado alvos para o desenvolvimento das DCV. O objetivo do presente estudo é analisar o impacto da condição socioeconômica nos fatores de risco por meio da identificação da prevalência e do autoconhecimento da população feminina da periferia da Cidade de Vassouras. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e transversal, durante 2017 e 2018. A coleta de dados é através de questionário anônimo com 45 perguntas de respostas sobre o autoconhecimento e presença dos fatores de risco e acerca da condição socioeconômica dos indivíduos acima de 20 anos. Resultados: Em um total de 151 indivíduos morados de Ipiranga, que responderam ao questionário, foram identificados 96 mulheres com idade entre 16 e 77 e média 51,6 anos. 16 eram tabagistas e 21 ex-tabagistas. A hipertensão se viu em 41 mulheres, 70 já haviam feito exame de colesterol, com 16 apresentando níveis elevados e 34 desconhecendo o valor. 71 desconheciam o valor dos níveis de HDL. Apenas 12 usavam medicação para hipercolesterolemia. 35,4 % do grupo cursa com histórico familiar de IAM. 82 mulheres mantém os índices de glicemia controlados, sendo 68% do grupo com níveis menores que 126 mg/dL, 15 sujeitos desconhecendo e 15 com hiperglicemia em tratamento.  44 apresentavam IMC maior que 25, sendo que 58 desconheciam. A prática de exercício físico >30minutos/dia foi vista em 31 mulheres; passado de IAM em 8; sintomas de cansaço em 60, palpitação em 44, falta de ar 41, desmaio 17, dor nas pernas ao andar 56, dor no peito ao esforço 24, dor no peito em repouso 14; menopausa em 37, os quais 2 faziam terapia de reposição hormonal. Faziam consulta regularmente com ginecologista 63 e com cardiologista 19. Sobre auto-percepção do estresse, viu-se estresse muito frequente em 44 indivíduos. Conclusões: Isto posto, fica claro que o sexo feminino tem evoluído para o aumento da prevalência das DCV no território brasileiro, em especial, as mulheres das localidades mais carentes, aspecto este que pode estar ligado ao menor investimento aos tratamentos da doença.

Área

Pesquisa Clínica

Instituições

Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

CAIO TEIXEIRA DOS SANTOS, RAUL FERREIRA DE SOUZA MACHADO, JOÃO PAULO BRUM PAES, THAIS LEMOS DE SOUZA MACEDO, DANDHARA MARTINS REBELLO, RENATA BAPTISTA DOS REIS ROSA, SARA CRISTINE MARQUES DOS SANTOS, IVANA PICONE BORGES DE ARAGÃO