XVII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

Infarto agudo do miocárdio e outras doenças isquêmicas do coração nas regiões brasileiras em 10 anos: cenário epidemiológico

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) representam uma das maiores causas de morte no mundo, sendo as doenças isquêmicas do coração as responsáveis pela maior parte dos óbitos. Dentre as DCV, o infarto agudo do miocárdio se expressa como tendo grande relevância no que tange à morbimortalidade, visto que há cerca de 100 mil óbitos anuais devidos à doença. O presente estudo tem como objetivo analisar o atual panorama de internações por infarto agudo do miocárdio e outras doenças isquêmicas do coração no Brasil durante 10 anos e correlacionar a epidemiologia atual com os resultados obtidos. Métodos: Realizou-se uma coleta observacional, descritiva e transversal dos dados sobre infarto agudo do miocárdio e outras doenças isquêmicas do coração, disponíveis no Sistema de Informações Hospitalares do SUS de dezembro de 2008 a dezembro de 2018, avaliando valor de gastos públicos, taxa de mortalidade e padrão dos portadores: faixa etária, raça e sexo. Resultados: No período analisado observaram-se 2.471.494 internações, representando um gasto total de R$9.793.632.445,98, sendo 2018 o ano com maior número de internações (270.200). A taxa de mortalidade total foi de 6,07, correspondendo a 151.000 óbitos, sendo 2008 o ano com taxa de mortalidade mais alta, 6,36. A média de permanência total de internação foi de 6,5 dias. A região brasileira com maior número de internações foi a Sudeste com 1.179.144 e, por último, a região Norte com 76.937. O estado de São Paulo concentrou a maior parte das internações, contabilizando 659.351. A região com maior número de óbitos foi a Sudeste com 72.092, enquanto a região Norte apresentou o menor número, com 6.178 registros. A região Norte apresentou a maior taxa de mortalidade (8,03) e a região Sul apresentou a menor, 4,77. Conclusões: Pode-se observar que o número de internações e o gasto relacionado são extremamente altos e têm apresentado aumento. É válido salientar o grande número de óbitos e sua concentração na região Sudeste . Tudo isso demonstra que é necessário nos atentarmos ao assunto e estudar com mais profundidade o tema  visando aprimorar o atendimento e reduzir os gastos relacionados a doenças isquêmicas. Além disso, cabe evidenciar a importância da notificação correta, visando aprimorar a análise epidemiológica atual.

Área

Pesquisa Clínica

Instituições

Universidade de Vassouras - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

RAUL FERREIRA DE SOUZA MACHADO, Caio Teixeira dos Santos, Thaís Lemos de Souza Macêdo, Sara Cristine Marques dos Santos, João Paulo Brum Paes, Laiza Barcelos Coelho Rocha, Vitória Helena Carvalho Furtado de Mendonça, Ivana Picone Borges de Aragão