Dados do Trabalho
Título
Gasto Energético de Repouso em Mulheres com Diferentes Fenótipos Cardiometabólicos e de Adiposidade Participantes do Nutritionists’ Health Study – NutriHS: Comparações entre Valores Preditos e Mensurados
Resumo
Introdução: A obesidade manifesta-se sob diferentes fenótipos e seu tratamento nutricional inclui restrição energética pela estimativa do gasto energético de repouso(GER) por equações preditivas, na indisponibilidade de calorimetria indireta. Objetivou-se comparar o GER estimado por equações preditivas e mensurado por calorimetria indireta em mulheres com fenótipos: Magro Metabolicamente Saudável(MMS), Excesso de Peso Metabolicamente Saudável(EPMS), Excesso de Peso Metabolicamente Obeso(EPMO) e Magro Metabolicamente Obeso(MMO) Métodos: Estudo transversal com 80 mulheres(29 MMS, 21 EPMS, 15 MMO e 15 EPMO). Considerou-se excesso de peso Índice de Massa Corporal ≥25kg/m2. A definição de saúde metabólica considerou ausência de alteração glicêmica, lipêmica, pressórica, e doença cardiovascular. Foram feitas avaliação antropométrica e bioimpedância. O GER foi mensurado por calorimetria indireta(VMAX N Encore-Canopy) e estimado por 12 equações: Harris-Benedict; Organização Mundial da Saúde 1-peso; Organização Mundial da Saúde 2-peso/altura; Instituto de Medicina-eutrófico e sobrepeso/obeso; Henry & Rees; Owen 1-peso; Owen 2-composição corporal; Mifflin-St.Jeor; Schofield; Nova Equação para População Feminina Brasileira 1 e 2. Para acurácia individual considerou-se ±10% do GER predito versus mensurado, valores abaixo foram subestimados e acima superestimados. A acurácia populacional considerou diferença % entre GER predito e mensurado. Foi considerado significativo p<0,05 Resultados: A idade média foi de 28±6 anos para todos os grupos. Para todos os grupos, exceto para a equação Owen 2, todas as equações apresentaram valores preditos diferentes dos mensurados. A maior acurácia individual foi apresentada pela equação Owen 1, com valores >50% nos 4 grupos. Maior acurácia populacional foi obtida pelas 2 equações de Owen, com viés de 0,9 a 8% para os 4 grupos. As equações com piores desempenho foram Harris-Benedict, Organização Mundial da Saúde 1 e 2, e Schofield com superestimação ≥67% e viés de 14 a 23% nos 4 grupos Conclusão: As equações de Owen apresentaram melhor desempenho nos 4 fenótipos estudados e a maioria das equações preditivas mais usadas na prática clínica superestimam o GER, sugerindo cautela em sua utilização.
Área
Pesquisa Clínica
Instituições
Faculdade de Ciências Aplicadas - UNICAMP - São Paulo - Brasil
Autores
CAMILA MACHADO XAVIER, FRANCIELI BARREIRO RIBEIRO, Isabela SOLAR, RENATA GERMANO BORGES DE OLIVEIRS NASCIMENTO FREITAS, ALFREDO SHIGUEO HANADA, VINICIUS FERREIRA DOS SANTOS, BRUNO GELONEZE, SANDRA ROBERTA GOUVEA FERREIRA VIVOLO, ANA CAROLINA JUNQUEIRA VASQUES