XVII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

Associações entre perfil de adiposidade e hábito alimentar em mulheres participantes do Nutritionists Healthy Study (NutriHS)

Resumo

 

INTRODUÇÃO:A obesidade é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e sua etilogia multifatorial perpassa os maus hábitos alimentares. O aumento no consumo de alimentos ultra-processados, densos em calorias, pobres em fibras e ricos em açúcares, sódio e gorduras saturadas e trans, é uma das principais alterações no padrão alimentar do homem moderno. Dessa forma, objetivou-se investigar associações entre o perfil de composição corporal com o hábito alimentar em nutricionistas e estudantes de nutrição.MÉTODOS:Estudo transversal, no qual foram avaliadas 75 mulheres (18 a 45 anos). Para análise da composição corporal utilizou-se o índice de massa corporal (IMC), o diâmetro abdominal sagital (DAS) e um densitômetro Lunar iDXA. A análise do consumo alimentar para energia, macronutrientes e fibras foi realizada a partir de um questionário de frequência alimentar semi-quantitativo. Utilizou-se teste de correlação de Sperman com valor de significância p<0,05.RESULTADOS:A média de idade foi 28±6 anos e IMC de 24±4 kg/m². O IMC correlacionou-se positivamente com o consumo de energia(r=0,23), proteína(r=0,23), lipídeos(r=0,29), sacarose(r=0,23), ácidos graxos saturado(r=0,34) e trans(r=0,42). O DAS apresentou correlação significativa com o consumo de energia(r=0,26), sacarose(r=0,33), lipídeos(r=0,26), ácidos graxos saturado(r=0,35) e trans(r=0,39). A massa de tecido adiposo visceral, avaliada pelo densitômetro, correlacionou-se positivamente com o consumo de energia(r=0,29), sacarose(r=0,29), gordura(r=0,29), ácidos graxos saturado(r=0,32) e trans(r=0,41). A gordura corporal total e ginóide, avaliadas pelo densitômetro, se correlacionaram negativamente com o consumo de fibras totais(r=-0,26;r=-0,31) e fibras insolúveis(r=-0,29;r=-0,36), respectivamente.  O consumo de frutose e de ácidos graxos poli e monoinsaturados não apresentou correlação significante. CONCLUSÃO:Mesmo em indivíduos com profundo conhecimento sobre saúde e nutrição, a correlação positiva dos indicadores de adiposidade com o consumo de energia, sacarose, lipídeos totais, ácidos graxos saturados e trans evidenciam o risco à saúde. Paralelamente, nota-se provável papel protetor das fibras, evidenciado pela correlação negativa da gordura corporal total e da gordura ginóide com o consumo de fibras totais e insolúveis. 

Área

Pesquisa Clínica

Instituições

Universidade Estadual de Campinas - São Paulo - Brasil

Autores

MARINA GOMES BARBOSA, Isabela Solar, Francieli Barreiro Ribeiro, Renata Germano Borges de Oliveira Nascimento Freitas, Najla Simão Kfouri Crouchan, Luciana Gavilan Dias Folchette, Bruno Geloneze, Sandra Roberta Gouvea Ferreira Vivolo, Ana Carolina Junqueira Vasques