XVII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

Avaliação de novos índices de adiposidade na predição de marcadores de risco cardiometabólico no Nutritionist’s Health Study-NutriHS: Há superioridade em relação aos marcadores antropométricos tradicionais?

Resumo

Introdução: O índice de adiposidade corporal (IAC), índice de forma corporal (IFC) e massa gorda relativa (MGR) são propostos em substituição aos marcadores tradicionais (índice de massa corporal, circunferência de cintura- CC e relação cintura-quadril- RCQ) para avaliar adiposidade corporal e fatores de risco cardiometabólico de forma acurada e acessível. Avaliou-se se os novos índices diferem dos marcadores antropométricos tradicionais na identificação de um perfil metabólico desfavorável e na avaliação da adiposidade corporal. Métodos: Estudo transversal com 83 mulheres. Avaliou-se: peso, altura, CC, RCQ, IAC, IFC, MGR e composição corporal por densitometria (iDXA Lunar, GE), colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, enzimas hepáticas, hemoglobina glicada, glicemia, insulinemia e níveis pressóricos. Classificou-se como perfil metabólico desfavorável qualquer alteração nestes parâmetros. Realizaram-se testes de correlação, curvas ROC e teste Z. Resultados: Amostra composta por mulheres jovens (28±5 anos), sendo 66% com perfil metabólico desfavorável. Os novos índices apresentaram correlação moderada com o percentual de gordura corporal total: IAC (r=0,67), IFC (r=-0,61), MGR (r=0,70); de fraca à moderada com o tecido adiposo visceral: IAC (r=0,49), IFC (r=-0,50), MGR (r=0,62). Para os marcadores tradicionais, correlação variou de muito fraca à moderada entre percentual de gordura corporal total com índice de massa corporal (r=0,64), CC (r=0,69) e RCQ (r=0,25); e do tecido adiposo visceral com índice de massa corporal (r=0,57), CC (r=0,64) e RCQ (r=0,36); p<0,05 para todos. Na comparação entre as áreas abaixo da curva para os 6 indicadores de adiposidade estudados na identificação do perfil metabólico desfavorável, houve diferença estatística significante entre a RCQ (0,60) e MGR (0,71); p<0,05. Houve tendência à significância estatística a comparação entre as áreas abaixo da curva para CC (0,71) e RCQ (0,60). Conclusões: Os índices novos e tradicionais apresentaram mesmo desempenho para identificar acúmulo aumentado de gordura corporal total, visceral e perfil cardiometabólico desfavorável em mulheres, exceto a RCQ, com desempenho inferior nas avaliações.

Área

Pesquisa Clínica

Instituições

FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - São Paulo - Brasil

Autores

NAJLA SIMAO KFOURI CROUCHAN, RENATA GERMANO BORGES OLIVEIRA NASCIMENTO FREITAS, FRANCIELI BARREIRO RIBEIRO, ISABELA SOLAR, VINICIUS FERNANDES SANTOS, CAMILA MACHADO XAVIER, BRUNO GELONEZE, SANDRA ROBERTA GOUVEA FERREIRA VIVOLO, ANA CAROLINA JUNQUEIRA VASQUES