XVIII Congresso Brasileiro de Aterosclerose

Dados do Trabalho


Título

PARAMETROS HEMODINAMICOS E AUTONOMICOS EM MODELO EXPERIMENTAL DE ATEROSCLEROSE DO SEXO FEMININO: COMPARAÇAO ENTRE CAMUNDONGOS APOE-KO JOVENS E ADULTAS

Introdução

Dentre os modelos experimentais de aterosclerose existentes, o camundongo deficiente de alipoproteína E (apoE-Ko) é particularmente popular devido a sua predisposição a desenvolver lesões ateroscleróticas. Atualmente, sabe-se que os camundongos machos ApoE-Ko apresentam prejuízos que vão além dos efeitos lipídicos, e que são agravados com o avanço da idade, como disfunção endotelial, prejuízos na modulação autonômica cardiovascular, inflamação, estresse oxidativo. Entretanto, esses achados foram obtidos em estudos majoritariamente com animais do sexo masculino, restando a dúvida sobre os impactos do avanço da idade nos fatores de ricomparar parâmetros hemodinâmicos e autonômicos entre camundongos fêmeas APOE-Ko jovens e adultos. sco em ApoE-Ko do sexo feminino. Objetivo: comparar parâmetros hemodinâmicos e autonômicos entre camundongos fêmeas APOE-Ko jovens e adultos. 

Material e Método

Foram utilizadas 16 camundongas fêmeas ApoE-KO com 6 e 12 meses de vida, divididas em dois grupos (n=8 em cada): jovens (6m) e adultas (12m). Os animais foram canulados para registro direto de pressão arterial (CODAS, 4kHz). Além disso, foi realizada análise do registro no domínio do tempo e da frequência, para obtenção dos parâmetros de modulação autonômica cardiovascular. Os dados foram analisados estatisticamente com o Teste t de Student para amostras independentes (p<0,05).

Resultados

Os resultados demonstram prejuízos hemodinâmicos e autonômicos nos animais adultos em comparação com os jovens: aumento na pressão arterial sistólica (6m=124±4; 12m=138±4 mmHg), diastólica (6m=90±2; 12m=93±2 mmHg) e média (6m=107±3; 12m=116±3 mmHg); aumento da frequência cardíaca (6m=578±33; 12m=634±17 mmHg) associado a menor variabilidade do intervalo de pulso (DP-IP: 6m=4,6±0,8; 12m=3,6±0,8 ms2; VAR-IP: 6m=24±9; 12m=17±8 ms2); menor modulação parassimpática cardíaca (AF-IP abs: 6m=5,9±1,7; 12m=2,6±0,7 ms; RMSSD: 6m=4,4±0,7; 12m=3,8±0,3 ms); aumento na banda de baixa frequência (BF-PAS abs: 6m=1,94±0,76; 12m=0,28±0,05 mmHg) e na variância da pressão arterial sistólica (VAR-PAS, 6m=14±2; 12m=39±4 mmHg2), indicadores de modulação simpática os vasos. 

Discussão e Conclusões

Os dados demonstram que o aumento da idade nos camundongos APOE-Ko do sexo feminino induz prejuízos hemodinâmicos e autonômicos, sugerindo que a progressão da disfunção endotelial ao longo da vida possa agravar o risco cardiovascular. Apoio financeiro: Capes; Instituto Ânima.

Área

Pesquisa Básica

Instituições

Laboratório de Movimento Humano da Universidade São Judas - São Paulo - Brasil, Departamento de Fisiologia, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - Brasil, Instituto do Coração, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil

Autores

THAYNA FABIANA RIBEIRO, Bruno Nascimento-Carvalho, Nícolas Da Costa-Santos, Adriano dos Santos, Sérgio Catanozzi, Maria Cláudia Irigoyen, Kátia De Angelis, Nathalia Bernardes, Iris Callado Sanches