Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE IDOSOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E ANÁLISE DE MORTALIDADE EM PACIENTES GERIÁTRICOS COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES.

Introdução e/ou fundamentos

No ano de 2021 a população brasileira foi de 210 milhões de pessoas¹, com 9.2% de idosos. Entre as causas de adoecimento em idosos, doenças cardiovasculares são as mais prevalentes². O objetivo do trabalho é traçar o perfil de internação por doenças cardiovasculares em idosos no Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2021, descrevendo taxas de internação por doenças isquêmicas, hipertensivas e cerebrovasculares por Regiões de Saúde.

Métodos

Estudo observacional, com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), correlacionando-os com dados das Regiões de Saúde da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

Resultados

Total de 9 regiões do Rio de Janeiro analisadas. Entre elas, a que apresentou maior taxa de internação por origem cardiovascular foi a Médio Paraíba, com 4.846,4/100 mil, na faixa etária de 80 anos ou mais, em ambos os sexos. A região que apresentou menor taxa foi a Metropolitana I, com 786,2/100 mil, em 60 a 69 anos. Doenças hipertensivas geraram menor taxa na região Metropolitana II, com 40/100 mil, de 60 a 69 anos, em ambos os sexos. A maior taxa ocorreu na região Noroeste, com 301,7/100 mil, em 80 anos ou mais. Por doença isquêmica, a menor taxa ocorreu na região metropolitana I, com 239/100 mil habitantes. A maior taxa foi observada em Ilha Grande, com 1.145/100 mil, em 80 anos ou mais. Por doenças cerebrovasculares, a menor taxa ocorreu na Baixada Litorânea, com 206/100 mil, em 60 a 69 anos. A maior taxa foi observada na região Centro-Sul, com 1.302/100 mil, em 80 anos ou mais. A mortalidade específica para causas cardiovasculares apresentou menor taxa na Região metropolitana II, com 454/100 mil, de 60 a 69 anos. A maior ocorreu na Região Centro-Sul, com 3.619,0/100 mil, em 80 anos ou mais.

Discussão

As principais causas de internação foram por doenças cerebrovasculares, seguidas de doenças isquêmicas e hipertensivas. Provavelmente, esses valores são observados pelo maior risco de se obter um evento vascular em idosos, pelas comorbidades presentes que aumentam o risco de danos vasculares nessa população, justificando a alta mortalidade específica encontrada.

Conclusões

O total de internações por cardiopatias geriátricas foi significativo, tendo doenças cerebrovasculares como principal causa. Com os resultados, é possível concluir que políticas de saúde do idoso devem ser criadas para minimizar o risco cardiovascular em todo o estado, principalmente em idosos de 80 anos ou mais.

Palavras chave

Internações; Cardiopatias em Idosos; Mortalidade Específica

Área

Temas Livres

Instituições

Hospital Central da Polícia Militar do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil, Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

DANILO VITORIO MARQUES DA SILVA, Viviane Fernandes Marques de Souza, Vinícius Gomes Alves de Oliveira, Vinícius Loures de Oliveira, Hélio Speranza Camerano Neto, Patrick Mendes Simões, Victor Hugo Almeida de Medeiros