Dados do Trabalho
Título
EMPAGLIFLOZINA MELHORA FUNÇÃO CARDÍACA E SENSIBILIDADE BARORREFLEXA EM RATOS INFARTOS
Introdução
Diversos estudos experimentais têm demonstrado melhora da função cardíaca de animais infartados (diabéticos ou não), quando tratados com empagliflozina. Da mesma forma, diversos estudos demonstram melhora dos desfechos em pacientes com insuficiência cardíaca com redução da fração de ejeção ou com fração de ejeção preservada utilizando empagliflozina.
Objetivo
Avaliar a função cardíaca e sensibilidade barorreflexa de ratos infartados e tratados com empagliflozina.
Método
Ratos wistar foram divididos em 2 grupos: IAM – infarto agudo do miocárdio (n=8) e EMPA – infarto agudo do miocárdio + empagliflozina (n=9). Os animais de ambos os grupos foram anestesiados e submetidos a toracotomia e ligadura da artéria coronariana esquerda. Os animais do grupo EMPA receberam diariamente, através de gavagem oral, 10 mg/kg de empagliflozina, durante 14 dias. Após este período foi realizado exame ecocardiográfico, seguido de canulação da veia e artéria femoral, para avaliação de parâmetros hemodinâmicos e atividade barorreflexa. Os resultados foram avaliados quanto a sua normalidade. Dados foram comparados pelos testes t de student e Mann-Whitney. Resultados são apresentados como média e desvio padrão.
Resultados
Na avaliação ecocardiográfica, foi observada melhora dos índices de função sistólica no grupo EMPA em relação ao grupo IAM: FEnc (27,42% ± 9,351 vs 19,17% ± 2,426), FE (50,69% ± 14,54 vs 37,95% ±4,321), FAC (38,46% ± 7,145 vs 23,65 ± 4,002), assim como nos índices de função diastólica: Relação E’/A’ (1,571 ± 0,442 vs 0,574 ±0,107) relação E/E’: (16,24 ± 7,382 vs 28,27 ± 7,886).
Observou-se redução da pressão arterial média no grupo EMPA (85,96 mmHg ± 4,310) em relação ao grupo IAM (92,21 mmHg ± 6,632).
Na avaliação da sensibilidade baroreflexa, notou-se melhora dos índices taqui e bradicárdico nos animais tratados: Índice taquicárdico (4,957 bpm/mmHg ±0,377 vs 3,243 bpm/mmHg ±0,445) e índice bradicárdico (1,532 bpm/mmHg ± 0,176 vs 0,710 bpm/mmHg ± 0,045).
Conclusão
O tratamento com Empagliflozina em ratos infartados, foi capaz de melhorar a função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo e de melhorar a sensibilidade barorreflexa.
Palavras Chave
Infarto agudo do miocárdio
Sensibilidade barorreflexa
Pressão arterial
Área
Área Básica
Instituições
InCor - São Paulo - Brasil
Autores
Bruno Durante da Silva, Leandro Eziquiel de Souza, Maikon Barbosa da Silva, Bruno do Nascimento-Carvalho, Juliana Romeu Marques, Paulo Magno Martins Dourado, Fernanda Consolim-Colombo, Maria Cláudia Costa Irigoyen