Dados do Trabalho
Título
COEFICIENTES PAS/PAD E PAD/PP DURANTE MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTEIAL EM DIABÉTICOS E HIPERTENSOS RESISTENTES
Introdução
O perfil da onda de pressão pode ser separado em três segmentos: pressão de pulso (PP), pressão arterial diastólica (PAD) e pressão arterial sistólica (PAS), que corresponde à soma dos anteriores. Apesar de a medição desses valores ter avançado, ainda há poucos estudos sobre a relação entre eles. A razão áurea (φ, phi, ou número de Fibonacci) está presente em diversos organismos e é definida pela divisão de uma reta em dois segmentos a e b (sendo a maior que b) de modo que a razão entre a e b é igual à razão da soma das quantidades pelo maior segmento. O valor dessa igualdade é aproximadamente 1,61. Nesse sentido, procuramos relacionar PAS, PAD e PP com phi.
Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) é utilizada para confirmação do diagnóstico de hipertensão arterial, classificação fenotípica e avaliação do ritmo circadiano.
Objetivo
Avaliar e comparar os desvios da razão áurea durante os períodos de MAPA 24h, vigília e sono em hipertensos resistentes (HAR) e diabéticos tipo 2 (DM2) utilizando as razões PAS/PAD e PAD/PP para comparação.
Método
Analisamos retrospectivamente dados de participantes HAR (n = 54) do estudo ResHypOT ClinicalTrials.gov, ID: NCT 02832973 e pacientes DM2 (n = 80) do estudo “Alterações da hemodinâmica vascular em pacientes com HAR e DM2. Os dados utilizados foram: idade, sexo, PAS, PAD e PP. Foi realizada análise estatística descritiva, teste t e ANOVA com software SPSS 24 (IBM-USA).
Resultados
Observamos valores pressóricos elevados em HAR e valores normais em DM2 nos períodos de 24 horas, vigília e sono com atenuação do descenso noturno sistólico e diastólico, sendo mais acentuado no grupo HAR. A razão PAS/PAD no período de 24 horas e de sono foi significantemente maior no grupo DM2 quando comparado ao grupo HAR (p = 0,0063 e p = 0,044, respectivamente), acima de phi em ambos. A razão PAS/PAD em vigília foi maior no grupo HAR (p < 0,0001) (figura 2). A razão PAD/PP em HAR foi menor no período de 24 horas e durante o sono em DM2 (p = 0,0012; p = 0,0189, respectivamente) (figura 3). Não houve diferença significante entre os grupos DM2 e HAR para razão PAD/PP em vigília.
Conclusão
Os desvios de phi encontrados em DM2 são maiores que os observados em HAR. Essas diferenças podem ser atribuídas à diferença de valores da PAD entre os grupos. HAR não diabéticos apresentam melhores índices de razão áurea.
Futuros trabalhos utilizando os desvios da razão áurea são necessários para validação das informações obtidas a partir desta proposta matemática.
Palavras Chave
Razão áurea, Fibonacci, Hipertensão arterial resistente, Diabetes Mellitus, Monitorização ambulatorial da Pressão Arterial
Área
Área Clínica
Instituições
FAMERP - São Paulo - Brasil, FCM UNICAMP - São Paulo - Brasil
Autores
LOUISE BUONALUMI TACITO-YUGAR, ELIZABETH DO ESPIRITO SANTO CESTARIO, TATIANE DE AZEVEDO RUBIO, BRUNO RODRIGUES, JOSE FERNANDO VILELA-MARTIN, LUCIA HELENA BONALUME TACITO, TATIANA PALOTTA MARINI, HEITOR MORENO, JUAN CARLOS YUGAR-TOLEDO