Dados do Trabalho
Título
EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FÍSICO REALIZADO DURANTE O SERVIÇO NA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE POLICIAIS MILITARES
Introdução
É bem fundamentado na literatura que os mecanismos antioxidantes estão relacionados a uma condição de saúde favorável em razão da diminuição do estresse oxidativo por sua ação nas espécies reativas de oxigênio, que é um dos fatores que podem potencializar as chances do aparecimento de doenças coronarianas não transmissíveis. O policial-militar é acometido duas vezes mais quando se trata de doenças isquêmicas do coração e três vezes mais quando por doenças cardiovasculares se comparado à população em geral da mesma faixa etária e sexo.
Objetivo
O objetivo deste trabalho foi submeter os policiais militares ao treinamento físico com o intuito de analisar os efeitos sobre biomarcadores antioxidantes sistêmicos.
Método
Foram selecionados para o estudo 58 policiais do sexo masculino, sedentários ou insuficientemente ativos, realizadas análises antropométricas, perfil hemodinâmico e coleta de sangue, os policiais voluntários foram submetidos a 12 semanas de treinamento físico com duração de 45 minutos de intensidade variável entre leve, moderada e intensa, elaborada em circuito com o objetivo de desenvolver força, potência e capacidade cardiorrespiratória.
Resultados
Foi avaliada a massa corporal, onde demonstrou uma melhora significativa nos indicadores de massa magra (0,98 kg, IC95% 0,4 a 1,5), redução da porcentagem corporal de gordura (-1,5%, IC95% -2,1 a -1,0). A frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica foram avaliadas como forma de mensurar os efeitos do treinamento no perfil hemodinâmico, sendo observado uma melhora significativa apenas na PAD (-2,5 mmHg, IC95% -4,6 a -0,3). A capacidade antioxidante foi medida através da análise das enzimas catalase e superóxido dismutase, além da capacidade antioxidante não enzimática (FRAP) através da redução do composto férrico, e mensurado o dano a proteína através das proteínas carboniladas e taxa de lipoperoxidação, sendo observado um aumento significativo da capacidade antioxidante não enzimática (10,1 mM Fe(ii), IC95% 3,5 a 16,8) e redução (-2,4 pmoles/mg, IC95% -3,7 a -1,1) da lipoperoxidação (TBARS). Os demais parâmetros analisados não apresentaram diferenças significativas.
Conclusão
Os resultados demonstram que um programa de treinamento físico, mesmo realizado apenas duas vezes por semana é capaz de modular positivamente a capacidade antioxidante e reduzir a taxa de lipoperoxidação sistêmica, alterando a composição corporal e impactando na PAD.
Palavras Chave
espécies reativas de oxigênio; estresse oxidativo, antioxidantes, policial-militar, exercício físico, treinamento físico.
Área
Área Multiprofissional
Instituições
Escola de Educação Física da Polícia Militar de São Paulo - São Paulo - Brasil, Faculdade Estácio de Carapicuíba - São Paulo - Brasil, Universidade Cruzeiro do Sul - São Paulo - Brasil, Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
LUCAS PASSONI CORREIA, JOSÉ ROBERTO DE MOURA, DANIELLE SILVA DIAS, RENATA GORJÃO, TÂNIA CRISTINA PITHON-CURI, SANDRO MASSAO HIRABARA, RUI CURI, KÁTIA DE ANGELIS, DIEGO RIBEIRO SOUZA, FERNANDO ALVES SANTA-ROSA