Dados do Trabalho

Título

PRESENÇA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E SEUS FATORES DE RISCO EM ALUNOS E SERVIDORES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA

Introdução

A incidência de doenças crônicas não transmissíveis, tais como hipertensão, obesidade, sedentarismo, entre outras, vem aumentando significativamente no meio universitário, o que contribui para a redução da qualidade de vida e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.

Objetivo

Avaliar a prevalência de fatores de risco de doenças cardiovasculares e a qualidade de vida dos alunos, docentes e funcionários de uma Universidade. 

Método

Foram avaliados 382 indivíduos (182 homens e 200 mulheres), 21 [19-24] anos, nas categorias: discentes (83,2%) e servidores (docentes e funcionários, 12%) e outros (4,7%) durante campanha de saúde. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram aferidas em aparelho digital, conforme Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Valores de PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg foram considerados alterados. Os valores de PAS foram correlacionados com idade, circunferência da cintura (CC), índice de massa corporal (IMC), quantidade de atividade física total na semana (AFT, min). Utilizou-se mediana [intervalo interquartil] e correlação de Spearman por ter distribuição não normal (p<0,05). 

Resultados

Dentre os avaliados, a PAS foi 117 [107-127] mmHg e a PAD 72 [66-78] mmHg. Pressão arterial (PA) acima da normalidade foi encontrada em 21,7% dos servidores e dentre eles, 60% eram insuficientemente ativos. Além disso, 63% estavam com IMC alterado. Dentre os alunos, 3,4% apresentaram PA alterada e dentre estes, 27% eram insuficientemente ativos. O IMC dos alunos estava alterado em 33,3%. Tanto para os discentes, como servidores, respectivamente, os fatores: idade (r=0,127 e r=0,331), IMC (r=0,383 e r=0,400), CC (r=0,458 e r=0,520) se correlacionaram positivamente com a PAS. Os mesmos fatores se correlacionaram com PAD. A quantidade total de AF não se correlacionou nem com IMC nem com PA em nenhum dos grupos analisados. No entanto, valores alterados de PA foram encontrados entre os alunos (4,8%) bem como nos servidores (24%) suficientemente ativos. 

Conclusão

Os resultados sugerem que os participantes desta pesquisa apresentaram alta prevalência e correlação de fatores de risco para doenças cardiovasculares e alguns aspectos de qualidade de vida apresentando risco, mesmo entre os mais jovens. Neste sentido, aponta-se para uma necessidade de implantação de estratégias que contribuam para a melhoria da qualidade de vida de discentes, docentes e funcionários.