Dados do Trabalho

Título

Baixa Adesão ao Tratamento Anti-hipertensivo: Uma Questão socioeconômica

Introdução

A hipertensão arterial se constitui uma das principais causas de morte prematura em todo o mundo. O controle da HAS está diretamente relacionado ao grau de adesão do paciente ao regime terapêutico e a mudança no estilo de vida.   

Objetivo

 Apresentar os fatores que levam o paciente com hipertensão a não aderir o tratamento medicamentoso.

Método

A coleta de dados no ano de 2023, realizada através da consulta aos 101 prontuários dos usuários hipertensos. Na análise dos dados, foram utilizados por meio da estatística  descritiva  e teste  Qui-quadrado (X²) para verificação da associação entre as variáveis categóricas (p<0,05). 

Resultados

 As principais causa da não adesão ao tratamento medicamentoso foi o esquecimento do horário para a tomada dos medicamentos. Ao final, foram pesquisados 101 prontuários, dos quais 89 eram do sexo feminino, 55,9% não tinham completado o ensino fundamental, 61,0% possuíam renda mensal familiar entre um e três salários mínimos. A média de idade 67,7 ± 6, 4 anos de idade; as médias da pressão arterial (mmHg) sistólica e diastólica foram 139 e 91, respectivamente. Para todos foram prescritas medicações, além de dieta hipossódica e atividade física. Do total de usuários, 71,8% tinham algum grau de excesso de peso. Quanto aos hábitos de vida, 82,7% não realizam atividade física e 18% fazem caminhada, em média duas vezes por semana, 94,4% não fumavam e 83,3% não consumiam bebida alcoólica. Em relação à terapia medicamentosa, dificuldade de lembrar o horário para tomar a medicação 42,7%. 

Conclusão

 A não adesão do cliente hipertenso ao tratamento, ainda constitui um grande desafio para os profissionais que o acompanham. Observou-se uma relação direta entre escolaridade e renda com a não adesão ao tratamento anti hipertensivo (p<0,05). Os usuários, familiares e cuidadores, devem se sentir incluídas na discussão sobre o tratamento da hipertensão, as dificuldades enfrentadas e a busca por meios de resolvê-las, juntamente com a equipe de saúde. A educação em saúde objetiva a conscientização para a necessidade de modificar o estilo de vida, além de entender e conhecer o tratamento e favorecer um comportamento participativo. As orientações devem ser adequadamente registradas e feitas de forma clara e simples, o que pode evitar as discordâncias entre registros e relatos.