Dados do Trabalho
Título
Efeitos da reabilitação cardiovascular nas variáveis obtidas no teste ergométrico de indivíduos cardiopatas
Introdução e/ou fundamentos
A reabilitação cardiovascular (RCV) é um importante tratamento para cardiopatas com o intuito de diminuir morbidade, mortalidade e taxas de hospitalização, além de aumentar a qualidade de vida. O teste ergométrico (TE) expõe o indivíduo a um esforço físico controlado e individualizado, com objetivo de avaliar a resposta hemodinâmica, autonômica, clínica, eletrocardiográfica e metabólica. O objetivo do trabalho foi comparar a capacidade funcional antes e após período de RCV em indivíduos cardiopatas, a partir dos dados do TE em esteira rolante.
Métodos
Foi realizado um estudo clínico retrospectivo, por meio de avaliação do banco de dados de 44 pacientes (60,6±11,8 anos; 67,4% masculino) que foram submetidos a RCV por período médio de 19,8±16,9 meses. As seguintes variáveis dos TE basal e final foram comparadas: frequência cardíaca (FC) basal e pico, pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) basal e pico, consumo máximo de oxigênio pico (VO2pico) e carga pico (velocidade e inclinação). Também foi avaliada a classificação da aptidão cardiorrespiratória dos voluntários, segundo a New York Heart Association no primeiro e último TE.
Resultados
Foi documentado aumento significativo (p<0,05) dos valores de VO2pico (29,0ml/kg/min vs 34,5ml/kg/min) e da velocidade no pico do esforço (4,4km/h vs 5,5km/h). Porém, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes (p>0,05) entre os valores de FC basal (65,4bpm vs 62,9bpm) e pico (121,7bpm vs 121,6bmp), PAS basal (126,4mmHg vs 123,7mmHg) e pico (163mmHg vs 159,4mmHg), PAD basal (79,3mmHg vs 75,7mmHg) e pico (88mmHg vs 85,4mmHg) e inclinação (14% vs 14,1%). No último TE realizado pelos voluntários houve aumento no percentual de voluntários classificados como excelente, passando de 6,98% para 23,3% indivíduos, enquanto observou-se redução nas classificações fraca (14% para 0), regular (23,3% para 16,3%) e boa (30,2% para 20,9%).
Discussão
Na classificação muito fraca não houve alterações percentuais (4,7%). No momento da realização do último TE 34,9% dos voluntários estavam fora da faixa de classificação.
Conclusões
Com base nos dados apresentados, pode-se concluir que a RCV do presente estudo proporcionou aumento da capacidade funcional, pois os índices de VO2pico e a aptidão cardiorrespiratória tiveram um aumento expressivo nos valores do segundo TE, trazendo benefícios à saúde dos voluntários.
Palavras chave
Teste Ergométrico; Coronariopatias; Reabilitação Cardiovascular; Capacidade Funcional
Área
Reabilitação cardiovascular e metabólica
Autores
BEATRIZ DAMACENO MAGALHAES, Luciana Duarte Novais Silva, Giovani Luiz De Santi, Eduardo Elias Vieira de Carvalho, Maria de Lourdes da Silva, Maria de Lourdes Borges Nogueira