Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DE SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE DA DERIVAÇÃO CM5 PARA O DIAGNÓSTICO DE ISQUEMIA DO MIOCÁRDIO NO TESTE DE ESFORÇO E ESTRESSE FARMACOLÓGICO
Introdução e/ou fundamentos
O teste funcional ou de estresse tem sido o padrão-ouro para detectar isquemia induzível e é o teste não-invasivo mais comum usado para diagnosticar doença arterial coronariana (DAC) estável. Para monitorização e registro do eletrocardiograma (ECG) durante o teste de esforço (TE) e farmacológico, recomenda-se que, no uso do teste para fins diagnósticos ou prognósticos, sejam empregadas ao menos 3 derivações simultâneas e em tempo real para aumento da sensibilidade na identificação de distúrbios do ritmo e/ou condução. Um estudo prévio demonstrou que a derivação CM5 é confiável na detecção de isquemia subendocárdica. O objetivo foi avaliar a sensibilidade e especificidade da derivação CM5 no diagnóstico de isquemia miocárdica no TE ou teste farmacológico.
Métodos
Estudo retrospectivo, observacional e analítico, em que foram avaliados os resultados de 436 exames de cintilografia do miocárdio associados a TE ou estresse farmacológico realizados no período de fevereiro de 2020 a julho de 2021.
Resultados
População predominantemente masculina (52,98%), com média de idade de 64,44 ± 12 anos; 68,81% eram hipertensos; 35,32% diabéticos; 51,15% dislipidêmicos; 33,95% com histórico de tabagismo prévio ou atual; e 70,41% sedentários. Dos pacientes, 22,02% referiram dor torácica como queixa pré-exame. Foram encontrados 102 (23,39%) exames positivos para isquemia miocárdica através da cintilografia. Destes, 26 (25,49%) apresentaram alterações eletrocardiográficas. A derivação mais frequentemente alterada foi CM5, em 23 dos 26 pacientes (88,4%). A sensibilidade da derivação CM5 para detecção de isquemia miocárdica foi de 0,23 e a especificidade foi de 0,83 em relação a cintilografia miocárdica sem distinguir estresse físico ou farmacológico. Nas cintilografias com estresse físico, observamos que a derivação CM5 apresentou sensibilidade de 0,47 e especificidade de 0,61 para detecção de isquemia miocárdica. Já na prova farmacológica, foi observada sensibilidade de 0,10 e especificidade de 0,95 para detecção de isquemia miocárdica pela derivação CM5.
Discussão
Vide resultados
Conclusões
A derivação CM5 é específica para a presença de isquemia do miocárdio vista em cintilografia do miocárdio e pouco sensível, podendo ser amplamente considerada na prática clínica do cardiologista que realiza ergometria.
Palavras chave
CM5, Isquemia, Teste ergométricio
Área
Cardiologia Nuclear
Instituições
BP BENEFICENCIA PORTUGUESA DE SAO PAULO - São Paulo - Brasil
Autores
RAFAEL ROSA MARQUES GOMES MELO, Marcelo Nishiyama, Bruna Cristina Baptistini, Patrícia Neves Ximenes, Mariana Camponogara , Jéssika Mayhara Souza Tolentino, Jessika Aparecida Barbosa , Roberta de Melo Coutinho Muniz Oliveira