Dados do Trabalho
Título
Distúrbios de condução induzidos ao teste ergométrico: relato de caso.
Introdução
Os distúrbios de condução induzidos ao teste ergométrico (TE) são incomuns e os bloqueio divisionais (anterossuperior, anteromedial e posteroinferior) são ainda mais raros. Esses geralmente estão associados a lesões criticas coronárias.
Descrição do Caso
Paciente de 77 anos, sexo feminina, com história de dispnéia aos moderados esforços, dor torácica e tontura há seis meses, sem síncope ou pré-síncope. Sem medicações e sem fatores de risco cardiovascular. O ECG de repouso (fig 1) mostrou ritmo sinusal com FC de 60 bpm e bloqueio de ramo direito (BRD); Ecocardiograma normal, com FEVE 61% (Teicholz). Foi solicitada cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) para investigação de DAC, a qual foi realizada associada ao TE com protocolo de Bruce. Aos 6 min do TE (2º estágio) apresentou BAV 2:1 e BDASE intermitente (fig 2) acompanhado de fadiga extenuante, dor precordial e pré-síncope, que levou a interrupção do exame. O TE durou 13'39'', com comportamento normal da pressão arterial, FC máxima atingida de 97 bpm (67% da prevista) e 7 MET de capacidade funcional. A CPM não demonstrou isquemia até a FC alcançada. O holter corroborou os achados de BAV 2:1 associado a bloqueio de ramo alternante.
Hipótese(s) diagnóstica(s)
Doença do sistema de condução: Bloqueio 'trifascicular''.
Conduta(s) adotada(s)
Os BAVs ao TE são importantes na prática clínica já que podem ajudar no manejo clínico, para indicação de marcapasso, o qual foi submetida com melhora clínica.
Conclusões
O TE foi fundamental para expor os distúrbios de condução intraventricular e atrioventricular não conhecido previamente, em conjunto com as manifestações clínicas. Esses achados podem ser comparados aos resultados de um estudo eletrofisiológico invasivo.
Área
Teste ergométrico/Teste cardiopulmonar
Instituições
Incor - São Paulo - Brasil
Autores
VAGNER LUCAS SUARES, ANDREA MARIA G M FALCAO, WILLIAM AZEM CHALELA, LIVIA OZZETTI AZOURI, RODRIGO IMADA