XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DO ESTILO DE VIDA FISICAMENTE ATIVO NA MODULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA, COMPOSIÇÃO CORPORAL E PRESSÃO ARTERIAL DE POLICIAIS MILITARES

Introdução

O estilo de vida fisicamente ativo é amplamente aceito como estratégia preventiva e terapêutica eficaz no contexto da saúde cardiovascular. Profissionais que atuam na aplicação da lei, denominados atletas táticos, dentre eles policiais militares, apresentam consideráveis fatores de risco tradicionais e ocupacionais para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e isso pode ser agravado pela porcentagem considerável de policiais militares que não atingem o nível recomendado de atividade física. Apesar da literatura reconhecer a importância do estilo de vida fisicamente ativo como um dos diversos fatores cardioprotetores, pouco se tem estudado, em nosso conhecimento, a população policial. 


Objetivo

O objetivo do presente estudo é avaliar o impacto do estilo de vida fisicamente ativo no contexto da saúde cardiovascular nos parâmetros da modulação autonômica cardíaca, composição corporal e pressão arterial de policiais militares fisicamente ativos e sedentários.


Método

Participaram do estudo 69 policiais militares, do sexo masculino e do serviço ativo. Os participantes responderam ao questionário internacional de atividade física (IPAQ – versão 8) e classificados nos grupos fisicamente ativo (GFA, n = 45) ou sedentário (GS, n = 24). A modulação autonômica cardíaca foi avaliada pela variabilidade da frequência cardíaca (V800, Polar®), a composição corporal pela impedância bioelétrica octapolar (InBody370S) e a pressão arterial sistólica e diastólica pelo método oscilométrico automático.


Resultados

Os resultados indicam melhores desfechos autonômicos cardíacos (SDNN: 40,0±14,7 vs. 32,8±12,5 ms; RMSSD: 35,0±15,9 vs. 27,6±14,9 ms; Índice Triangular: 9,4±2,7 vs. 8,1±2,5; HF: 517,1±447,6 vs. 327,8±290,2 ms2; SD1: 24,8±11,2 vs. 19,6±10,5 ms) e na composição corporal (Gordura Corporal: 21,7±7,4 vs. 26,8±8,4 kg; 24,5±5,8 vs. 29,3±5,1 %; sem diferença significativa para massa magra) no GFA em comparação ao GS, porém, não houve diferença significativa na pressão arterial entre os grupos.


Conclusão

Nossos resultados demonstram que o estilo de vida fisicamente ativo pode exercer um efeito positivo nos parâmetros autonômicos e de composição corporal dessa população, cujo desfecho também se faz importante na preservação da ordem e segurança pública.


Palavras Chave

atividade física, policiais militares, modulação autonômica cardíaca, composição corporal, pressão arterial, fator de risco cardiovascular.

Área

Área Multiprofissional

Autores

Igor Rezende Trevisan, Danielle Luiz Mantovani, Thabata Chaves Peireira Lima, José Roberto de Moura, Diego Ribeiro de Souza, Fernando Alves Santa-Rosa