XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial

Dados do Trabalho


Título

AMBOS TRATAMENTOS FARMACOLÓGICO E NÃO-FARMACOLÓGICO, REDUZEM A RIGIDEZ ARTERIAL DE RATOS SHR, MAS POR MECANISMOS DIFERENTES.

Introdução

Introdução: A rigidez arterial é um importante preditor de eventos cardiovasculares e está presente na hipertensão. O tratamento pode ser tanto farmacológico como não- farmacológico, entretanto, as vias de atuação das diferentes formas de tratamento ainda não são claramente compreendias.


Objetivo

Objetivo: O estudo avaliou os efeitos do perindopril e o treinamento aeróbio (TF) na pressão arterial, na velocidade da onda de pulso (VOP) e nas proteínas diferencialmente expressas na aorta de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), usando uma abordagem proteômica. 


Método

Métodos: Ratos SHR foram tratados com perindopril (SHRp) ou água (ratos SHRc) e treinados (SHRt) durante 8 semanas. Ratos Wistar (W) foram usados somente como controle normotenso. Antes e após o TF foram realizadas medidas de PA e VOP. Ao final, foi avaliado o conteúdo plasmático de nitrito.


Resultados

Resultados: O grupo SHRC apresentou maior pressão arterial sistólica (PAS, +70%) e VOP (+31%) em relação aos ratos W. Por outro lado, tanto o grupo SHRp, quanto o SHRt apresentaram menores valores de PAS (-37%, -27%, respectivamente) e VOP (-33%, -22%, respectivamente). A concentração de nitrito foi maior no SHRp (105%) em comparação com SHRC. Das 21 proteínas suprarreguladas na parede aórtica de SHRC, a maioria delas estava envolvida com a organização do citoesqueleto da actina, dentre elas a Tropomiosina e Cofilina-1. Após o tratamento com perindopril, houve uma regulação positiva dos inibidores de dissociação do GDP (GDIs), que normalmente inibem a via RhoA/Rho-quinase/cofilina-1. Por outro, lado o TF down-regulou 22 proteínas, dentre elas o Collagen alpha-1(I) chain e Actin aortic smooth muscle, demonstrando assim uma modulação de proteínas responsáveis pelo citoesqueleto do musculo liso vascular, as quais têm importante participação no enrijecimento arterial.


Conclusão

Dessa forma pode-se  concluir que o tratamento com perindopril e o TF reduzem PAS e VOP em SHR. Além disto a análise proteômica da aorta de SHR demonstrou, pela primeira vez, que o tratamento com perindopril pode estar modulando a rigidez arterial por inibir a via RhoA/Rho-quinase/Cofilin-1e, em contrapartida, o TF não parece modular pela mesma via, mas sim proteínas que compõem o citoesqueleto. Entretanto ambas as formas são eficientes em controlar enrijecimento arterial. Agências de fomento: CAPES e FAPESP. 


Área

Área Básica

Autores

Danyelle Siqueira Miotto , Francine Danyelle Duchatsch, Aline Dionizio, Andre Jacomini, Marilia Buzalaf, Sandra Amaral