Dados do Trabalho
Título
Caracterização dos tipos de atendimento ofertados aos hipertensos nos serviços e atenção básica
Introdução
A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica não transmissível, por muitas vezes assintomáticas, é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, as quais são a maior causa de morte no mundo. A HAS é uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos, epigenéticos, ambientais e sociais. A atenção básica tem o papel estratégico no cuidado das doenças crônicas, uma vez que engloba ações de promoção de saúde, prevenção dos agravos, as ações curativas e de reabilitação.Neste sentido, é importante estabelecer que a atenção às pessoas hipertensas não consiste somente a oferta de medicamento e verificação de níveis pressóricos, mas na consideração da pessoa em sua totalidade, considerando suas necessidades de saúde.
Objetivo
Esse estudo objetivou caracterizar os tipos de atendimento, frequência de atendimento ao perfil de risco cardiovascular ofertados aos hipertensos nos serviços fazendo relação ao risco cardiovascular. Afim de levantar discussões sobre o atendimento prestados nas UBS e qual é o seu impacto na saúde do hipertenso.
Método
Tratou-se de estudo observacional, de base populacional. Foi desenvolvido em todas as unidades básicas de saúde do Município de Guarapuava – PR. Foram coletadas informações socioeconômicas, informações referentes às formas e frequência de atendimento dos hipertensos nas unidades básicas de saúde, foram realizadas avaliações clínicas e coletadas informações sobre os fatores de risco para DCV.
Resultados
Foram incluídos 347 hipertensos, com idade média de 60,88 anos, 64,3% eram mulheres; 70,3% relataram ser casados, 46,4% com baixo nível de escolaridade. Houve elevada prevalência dos fatores de risco modificáveis e não modificáveis para doença cardiovascular. Ocorreram associação entre doença Cardiovascular prévia (DCVP) e seguimento em outro local (p= 0,000), DCVP e atendimento com especialista (p=0,002), DCVP e cuidado com a saúde (p: 0,002) e DCVP e histórico familiar de DCV (P=0,012).
Conclusão
Concluindo que as ações de atendimento devem ser direcionadas ao perfil clínico e condições sociais dos hipertensos para que ocorra redução do risco cardiovascular e tratamento efetivo da hipertensão. Há uma carência no que diz respeito a investigação de LOA nos hipertensos em seguimento na unidade básica, e na busca ativa dos hipertensos. Para que a adesão ocorra o paciente deve revelar-se como principal agente de mudança, contudo a educação em saúde proporciona essa segurança ao usuário, para isso, deve ser analisado o perfil da população adstrita.
Palavras Chave
fatores de risco, hipertensão, atenção primária em saúde, Office Nursing
Área
Área Básica
Instituições
Universidade do centro oeste do Paraná - Paraná - Brasil
Autores
Stefany Nizer Alves, Carin Caroline Dzembatyi, Carine T S Miyahara