Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇÃO DE RECIDIVA HOSPITALAR EM PACIENTES COM CRISE HIPERTENSIVA
Introdução
Emergências cardiovasculares são frequentes nas unidades de saúde, entre elas a crise hipertensiva, classificada em urgência ou emergência. As emergências hipertensivas podem ser fatais, estão ligadas às internações hospitalares, e podem ser causa de morte secundária à hipertensão arterial.
Objetivo
Avaliar a ocorrência de atendimento hospitalar 12 meses após a crise hipertensiva.
Método
Estudo de coorte prospectiva com 100 pacientes atendidos entre 01/08/2020 e 01/11/2021, em uma Unidade de Emergência de um hospital de ensino especializado em cardiologia da cidade de São Paulo. Foram incluídos pacientes com idade ≥18 anos, pressão arterial sistólica ≥180 mmHg e/ou diastólica ≥120 mmHg e ter contato telefônico para o acompanhamento prospectivo. Os dados de identificação e clínicos foram obtidos do prontuário eletrônico e após 12 meses da crise hipertensiva foi feita entrevista por contato telefônico.
Resultados
As características da amostra foram: 68 (12,38) anos, 60% mulheres, 72% brancos, 55% aposentados, 57% casados, escolaridade de 9 (5,21) anos, renda R$2842,8 (3960,9) reais. Em relação à história clínica, verificou-se: hipertensão arterial (97%), colesterol alto (65%), diabetes mellitus (48%), infarto agudo do miocárdio (31%), insuficiência cardíaca (28%), doença renal crônica (21%), doença arterial coronariana (17%), arritmia (16%), hipotireoidismo (15%) acidente vascular encefálico (12%), câncer (11%), obesidade (10%), angina instável (7%), doença pulmonar obstrutiva crônica (6%), miocardiopatia (5%). Doze meses após a crise hipertensiva os participantes informaram que: 27,5% procuraram atendimento em emergências por pressão arterial elevada, 72,4% por outros motivos (gripe, dor torácica, angioplastia, cardiomegalia, cefaleia, cirurgia ortopédica, convulsão, covid-19, derrame pleural, dor lombar, edema MMII, edema pulmonar, epigastralgia, falta de ar, fibrilação atrial). Houve 13% de óbitos por acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, câncer de pulmão, covid-19, doença arterial coronariana, embolia pulmonar, infecção hospitalar, infecção urinária, insuficiência cardíaca, parada cardiorrespiratória, trauma cranioencefálico.
Conclusão
Considerou-se elevada a recorrência de novo atendimento em serviços de saúde após 12 meses. Esses achados indicam a necessidade de subsídios para intervenções e melhorias da assistência de enfermagem a esses pacientes, prevenindo assim a crise hipertensiva.
Palavras Chave
Hipertensão, Emergência hipertensiva, Urgência hipertensiva.
Área
Área Multiprofissional
Instituições
Universidade de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
Letícia Alcântara Fernandes, Carime Farah Flórido, Angela Maria Geraldo Pierin