XXX Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial

Dados do Trabalho


Título

RASTREIO DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO EM UMA POPULAÇÃO DE ADULTOS JOVENS NO CENTRO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

Introdução

A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) está fortemente relacionada ao risco cardiovascular (CV), porém há poucos em populações jovem.


Objetivo

Avaliar o risco para AOS e suas associações em uma população jovem assistida por uma Unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF) no Rio de Janeiro.


Método

Estudo populacional transversal que incluiu adultos entre 20 e 50 anos. Foram obtidos dados sociodemográficos, antropométricos, fatores de risco CV, PA de consultório, MRPA e avaliação laboratorial. O risco de AOS foi avaliado pelos questionários STOP-BANG (SB) e Escala de Sonolência de Epworth (ESE). Pacientes com alto risco em pelo menos um dos questionários foram submetidos à polissonografia (PSG).


Resultados

659 indivíduos foram incluídos [40% homens; idade média de 37±9 anos], dos quais 28% com alto risco para AOS pelo SB e 36% pelo ESE. Indivíduos com alto risco pelo SB são mais velhos, com maior prevalência de obesidade, diabetes, hipertensão, dislipidemia, síndrome metabólica e maiores níveis de PA de consultório e MRPA. Indivíduos com alto risco pelo ESE são mais sedentários, obesos, com maior prevalência de síndrome metabólica, porém sem diferença quanto à pressão arterial. Aqueles que apresentaram alto risco nos 2 questionários são mais frequentemente homens, obesos, com maior prevalência de síndrome metabólica e hipertensão arterial. Dentre os submetidos à PSG, 44% tiveram diagnóstico de AOS e 22% de AOS moderada/grave. O SB parece ser o melhor questionário de rastreio para esta população jovem, sendo positivo em 91% dos indivíduos com AOS moderada a grave, enquanto a ESE foi positiva em apenas 27%.


Conclusão

Esta população apresentou alto risco para AOS. O rastreio positivo pelo ESE está associado a um perfil metabólico adverso, sem relação com níveis pressóricos, enquanto o SB teve maior associação com PA elevada e parece ser um melhor preditor para AOS moderada a grave nessa população jovem.


Palavras Chave

Apneia Obstrutiva do Sono, Risco Cardiovascular

Área

Área Clínica

Instituições

IDOMED/UNESA - Campus Vista Carioca - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Ivan da Costa Velho Junior, Luana Moreira Senra Guimarães, Juliana Camara Garcia, Felipe Rey Costa Tostes, Rodrigo Eugenio Vinuto Borges, Deisianny dos Santos Ferreira, Clara Avelar Mendes de Vasconcellos, Natália Rossilho Moyses Ushijima, Ana Cristina Tenório da Costa Fernandes, Elizabeth Silaid Muxfeldt